sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Resenha do livro: A Herança Maldita, de Catherine Gaskin.

A Herança Maldita     Hoje a resenha é sobre um livro fantástico, talvez um dos melhores que já li e reli - senão o melhor. Ele contém uma trama fabulosa e o enredo mais bem construído que eu já tenha visto. É uma história que por si só já é uma trama incrível, mas a autora conduz tão bem a história e nos momentos certos presenteia o leitor com grandes revelações totalmente inesperadas, - quase como "bombas" - que é impossível não sentir-se fascinado.
     Descobri essa obra sensacional de uma maneira bastante peculiar. Como qualquer amante de livros, adoro passar um tempo em bibliotecas, rodeando as estantes, passando os olhos por sobre os títulos e folheando os que me parecem mais interessantes. Foi assim que o encontrei. Sem imaginar que ainda seria um dos meus livros favoritos, retirei-o da estante, sem saber o que exatamente chamava a minha atenção. Talvez por ser um livro antigo, já de páginas amareladas - e eu já tenha por natureza uma afeição particular por quaisquer antiguidades. Folheei-o e ele me pareceu interessante e foi então que mergulhei em uma das histórias mais empolgantes que já tive a oportunidade de encontrar.

Sinopse: Em busca de peças valiosas para uma famosa casa de leilões londrina, Joanna Roswell mergulha num mundo encantado de obras de arte, quadros e mobiliário soberbos, e um diamante de valor incalculável. Mas esse mundo de contos de fadas abriga antigos escândalos e maldições que pairam há séculos sobre uma família nobre inglesa.
     O livro conta a história de Joanna Roswell - conhecida simplesmente como Jo - que acabara de perder sua mãe, Vanessa Roswell, em um acidente de avião e de ter passado um tempo no México com seu pai Jonathan, tendo conhecido-o apenas recentemente. Jo trabalhava no departamento de cerâmica da Hardy's, uma grande casa de leilões, e ao voltar de viagem, encontra o velho Gerald Stanton, que era um grande amigo dela e de sua mãe e que a conhecia desde criança, lhe convidando para ir com ele como motorista em uma viagem, a convite de Lorde Askew.
     É dessa forma que Jo parte para a Região dos Lagos, em direção à Thirlbeck, que pertencia a Lorde Askew, ou Robert Birkett. Lorde Askew necessitava de dinheiro e sendo Gerald seu amigo, provavelmente ele poderia lhe aconselhar sobre o que haveria de valioso entre suas posses. Askew era o maior proprietário de terras da região e sua enorme Thirlbeck era uma daquelas casas antigas em estilo vitoriano, que poderia conter inúmeros tesouros ocultos, além da valiosa e terrível La Española - um grande diamante que, entretanto, não parecia ser possível de se libertar da família dos Birkett.
     Jo inevitavelmente acaba se apaixonando por Thirlbeck e por tudo que há no vale. É quase impossível que o próprio leitor não se encante pelo lugar, pela casa, pelos enormes e amigáveis cães de caça dos Birkett, pelas águias douradas, enfim... Esse é o cenário mágico em que se desenrola a história, mas no entanto, os primeiros mistérios que surgem são apenas a ponta do iceberg. Gerald adoece e Jo se vê tendo de ficar em Thirlbeck por mais tempo do que imaginava. Além disso, há o encantador Nat Birkett, futuro herdeiro de Robert; a terrível garotinha Jessica, que parecia-se com uma fada; Carlota, a deslocada e sofisticada condessa; e o misterioso e possessivo George Tolson, com toda sua família.
     Ao quebrar, sem querer, uma tigela supostamente valiosa, Jo acaba se vendo em meio a descobertas antes inimagináveis. De repente, toda a história adquire um ritmo eletrizante, com enormes surpresas para o leitor, até que tudo se encaminhe ao brilhante desfecho final. A história em si pode até parecer um pouco lenta para quem não gosta muito desse estilo, mas por outro lado, também é uma aposta ótima para quem gosta de arte. Apenas recomendo a leitura e você descobrirá por si só o que há de fantástico nela.
Por Lerissa Kunzler.

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